E sobre a socialização?
(publicado na página Feliz no lar)
Por
Susan Wise Bauer
Traduzido
por Andrea Patrícia
Todos
nós temos dúvidas em relação aos efeitos da educação domiciliar em nossos
filhos.
Assim
que você diz aos seus vizinhos, amigos, familiares que você está educando em
casa, você se verá diante da grande questão:
"Mas
e o desenvolvimento social? Mantê-los fora da escola não impedirá sua
socialização? "
Essa
é a pergunta mais ridícula de todos os tempos.
Sério. Estamos sendo sinceros.
Sério. Estamos sendo sinceros.
De
acordo com o dicionário, "socialização" é "o processo pelo qual
o ser humano, começando na infância, adquire os hábitos, as crenças e o
conhecimento acumulado de sua sociedade". Em outras palavras, você está
sendo socializado quando aprende hábitos, adquire as crenças, aprende sobre a
sociedade ao seu redor, desenvolve traços de caráter e se torna competente nas
habilidades que você precisa para funcionar corretamente na
sociedade. (Você realmente quer que tudo isso seja ensinado ao seu filho
por uma horda de alunos do quinto, ou do sétimo ou do nono ano?)
Os
agentes de socialização incluem a família (tanto imediata quanto prolongada), a
comunidade religiosa, os bairros, os tutores e os mentores, a mídia (TV, rádio,
filmes, livros, todos dizem à criança o que se espera dela, para melhor ou
pior) os clubes (sociais ou acadêmicos), as atividades artísticas (tanto em
observação quanto em participação), viagens, empregos, participação cívica.
E
a escolaridade formal em uma instituição. (Apenas um dos muitos agentes.)
Tirar
o filho da escola não significa que você o remova de todos esses outros
"agentes de socialização" que o cercam. (É incrivelmente bizarro que
pensemos na escola, uma instituição educacional, como o único veículo para
essas habilidades não acadêmicas.)
Além
disso, pense no tipo de socialização que ocorre na escola. A criança aprende a
funcionar em um ambiente específico, onde está cercada por trinta crianças de
sua própria idade. Este é um tipo de socialização muito específico, que pode
não ser particularmente útil.
Quando,
durante o curso de sua vida, ela se encontrará neste tipo de contexto? Não no
trabalho ou na vida familiar ou em seus hobbies. A sala de aula coloca a
criança em uma situação dominada pelos pares que ela provavelmente não
experimentará novamente.
Vivemos
numa época em que as pessoas pensam sobre colegas, falam sobre eles
constantemente e atuam como se a existência de uma criança não tivesse sentido
se ela não for aceita por seu grupo de pares.
Mas a socialização que melhor prepara
uma criança para o mundo real não pode ocorrer quando uma criança é fechada em
uma sala de aula ou está sempre com seu grupo de pares. Ocorre quando a criança
vive com pessoas que variam muito em idade, personalidade, antecedentes e
circunstâncias.
O
antídoto para a socialização centrada em pares é fazer da família a unidade
básica para a socialização – o
centro da experiência da criança. A família deve ser o lugar onde as coisas
reais acontecem, onde há um interesse sincero, aceitação, paciência e paz, na
medida do possível.
E
a socialização não pára por aí. Como família, você deve fazer uma ampla gama de
amigos variados. Atividades comunitárias, pequena liga, escoteiros, banda,
clínicas, aulas de música, aulas de arte, artes marciais e aulas de dança,
viagens de campo e os inúmeros eventos patrocinados por grupos locais de apoio
à escola doméstica: por meio dessas atividades, os pais ensinam as crianças
como viver em sociedade e como se relacionar com os outros.
A
socialização positiva é toda sobre viver em seu mundo de forma responsável,
cumprindo seu potencial, aproveitando a oportunidade, tornando a vida dos
outros à sua volta melhor. Você não precisa da escola institucional para
ensinar esses valores ao seu filho.
Original aqui.
(publicado na página Feliz no lar)
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